Momento desabafo: Anime é uma forma de arte?


 Não tinha muita coisa que eu queria comentar nesta semana já que ainda estou numa ressaca com o final de ZZ, mas eu acompanho lançamentos da temporada, principalmente os mais populares com Shingeki no Kyojin e todos sabem muito bem que esse anime trocou de estúdio e foi para um estúdio que já vinha se ocupando com outras duas obras extremante bem animadas como foi o Mappa com Jujutsu Kaisen e Taisou Samurai, mas normalmente esse tipo de combinação acarreta uma perca de qualidade em alguma obra do estúdio, mas supreendentemente nenhuma das três obras apresentou uma queda grande de sua qualidade no tempo de sua exibição, mas para manter uma qualidade é necessário dedicação total de sua produção, algo complicado numa indústria que pressa pela quantidade que qualidade, onde obras bem finalizadas são raras para estúdios que "pegam" múltiplos projetos e quando existe um interesse em focar em uma obra para entregar o melhor da qualidade da empresa, os demais projetos da mesma normalmente terão baixa qualidade, mas a saída da Mappa para isso era esperada, já que a Wit quando adaptou os arcos mais recentes usou, mas aparentemente ainda há um burburinho sobre o uso de CG em obras, sinceramente não sei qual é o hate com a animação computadorizada numa época que a tecnologia permite que coisas como Beastars que consegue mesclar bem o 3D com 2D, mas aparentemente o pessoal ainda é purista nesse aspecto, mas a discursão que veio a mim é justamente o quanto um anime é um produto comercial e o quanto ele é uma obra de arte.

 Antes de tudo já falo que eu considero que é um produto comercial, principalmente se vermos a estrutura de temporada que é basicamente surgiu no estados unidos, por isso season no inglês, no meio da década de 1930 nas ondas de rádio pois as estações americanas durante o verão tinham quase nenhum público, afinal de contas as famílias saiam de férias durante esse período e para evitar prejuízo quando estações estavam no ar era passado reprises de alguns programas para tomar o tempo, com o passar do tempo essa prática começou a ser bem planejada. Já no período pós-guerra no Japão foi de uma abertura tanto cultural quanto industrial para os estados unidos então muitas das séries de rádio e TV foram para terra do sol nascente e tanto o público quanto os produtores gostaram da ideia de temporadas e todo esse planejamento é introduzido durante o início da década de 1970 em novelas, nesse período foi também o início dos animes nas TVs já que era o boom da economia japonesa então existia muito dinheiro no mercado para gastar com entretenimento e como muitas das séries animadas passavam a noite seguiram exemplos das novelas e passam de acordo das estações do ano, como os animes acompanham as estações do ano já que o Japão é um país majoritariamente temperado as estações são bem definidas com três meses para cada, três meses possui 12 semanas e aí que temos o número básico das séries, mas para ir sobre as divisões de temporada temos que explicar como os estúdios de animação conseguem faturar com os animes, ou pelo menos conseguem dinheiro para produzir animes pois afinal de contas o Japão é um país capitalista, tudo começa com o comitê de produção que é basicamente um grupo de empresas que financiam a produção dos animes para ou promover suas marcas, ou para receber de volta o investimento com vendas de Blu-ray e DVD ou Streaming como atualmente, geralmente o estúdio da animação está presente de comitê afinal de contas são eles que receberam os recursos para produzir a obra, mas geralmente as empresas que estão presentes no comitê são a emissora de TV, a editora da obra se for uma adaptação de Mangá ou Light novel e até mesmo empresas que vivem para vender produtos relacionados a obra com Figure e propaganda, eles possui o poder de definir como essa obra será disponibilizada: na TV com determinados número de episódios, no cinema ou até mesmo apenas na internet pelos serviços de Streaming oficiais; como falei a muito interesse econômico sobre uma produção da obra já que gera retorno financeiro, mas isso não impede de ter um esboço artístico.


Pois animes, animação de maneira geral, fazem parte da sétima arte e se pegamos o primo mais famoso já que o cinema surgiu como uma forma de arte, mas ao decorrer do tempo e de popularização, fora da crise de 1929, fez com que surgisse companhias de cinema focado em "produção em massa" visando lucro, claro que a fórmula de blockbusters surgiu um pouco depois, mas desde o inicio ouve um interesse em mostrar essa tecnologia, já que o cinema é baseado na tecnologia de filmagem, como uma representação de arte e mesmo após do boom dos blockbusters ainda há trabalhos que tem o foco a inspiração artística de seu autor, diretor e até mesmo dos atores, fora outros elementos menores que comumente ganham prêmios no OSCAR, então é esperado que isso ocorra também em animações de maneira geral, mesmo que o custo de produção seja as vezes muito caros em comparação a uma filmagem simples, mas há algo que só a animação pode fazer que é a possibilidades são ilimitadas em comparação a filmagem tradicional, com isso é possível ter filmes como os clássicos de Miyazaki, mas a questão mais forte esta justamente o como essa imaginação artística, que pode variar desde a tradicional animação em 2D, 3D, stopmotion e até mesmo 1D, mas isso vai do desejo do autor dessa obra e não do seu publico, que tem como objetivo querer, ou não consumir essa obra, claro que há obras que são discutíveis, mas sempre volto no ponto da opção já que se você quiser "afetar" uma obra é só não monetiza-la, pois uma obra é resultado de um desejo de um autor, que pode ser desde de um diretor até mesmo o comitê de produção, junto com um investimento na obra para produzir lucro com a mesma.

Mas aqui é um canal aberto para vocês, então comentem aqui, claro que sem xingamentos já que não denegri ninguém e talvez conseguimos extrapolar essa discursão para conseguir um dialogo aprofundado sobre assunto com pontos de vistas diferentes.



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