Kamen Rider Revice: um demônio quase exorcizou o fantasma do Build

 Sinceramente eu queria falar da série o quanto antes, então provavelmente não irei comentar sobre o final da obra e isso é perigoso para a série, pois ao depender do termino, a série Kamen Rider pode se tornar uma obra incrível ou infame para toda a franquia, mas que queria falar de Kamen Rider Revice antes de seu fim para falar justamente de como essa série é fantástica, mas não é um novo Build.
Pelo menos superou o Saber(como se fosse difícil)

 Eu pensei várias vezes em fazer esse texto e até mesmo imaginei uma estrutura para exemplificar meu ponto de vista, todavia não irei para acelerar meu pensamento sem apresentar a obra para as pessoas que não assistiram a obra desejar acompanhar as desventuras de Igarashi Ikki, o primogénito da família de Igarashi, uma família proprietária de um banho público, ele convive com seu demônio interior invisível  para todos  menos o próprio Ikki e que usa máscara chamado Vice, o Ikki é um garoto bastante prestativo com todos, enquanto Vice é um demônio traquina, praticamente o Deadpool family friend, pois ele interage com o público e engraçado é que não fica forçado já que o personagem, na verdade quase todos os personagens da obra são empáticos, mas nem tudo é perfeito; enfim na história começa com a cerimônia de “formatura” do irmão mais novo do Ikki, Daiji, na organização do “bem” que luta contra os demônios, Fenix, mas essa festividade foi invadida pelos Deadmans, os próprios demônios, dentre os inúmeros eventos que ocorreram e no fim o Ikki acaba se transformando em Kamen Rider e por tabela materializou o Vice, os dois resolveram o problema e assim a historia começa com inúmeras reviravoltas que acaba nos motivando a acompanhar a obra.

Economia de recorte.

 E isso o diferencia do Build, mas não o supera, todavia esse é um fantasma para todas as séries de Kamen Rider desde do lançamento do cientista minecraft, só que não, pois como todos os elementos de sua narrativa conversam naturalmente entre si e acaba criando uma experiência satisfatória quando você acompanhava semanalmente ou maratona a série toda, meu caso foi uma experiência mista, pois eu não acompanhei a série semanalmente, mas eu já falei o motivo aqui, então vocês sabem o fantasma do Build e o Revice quase exorcizou esse fantasma, mas a série acabou pecando em algumas partes, entre elas foram alguns elementos da história, mas especificamente no que alça a Fenix e os Deadmans, pois a narrativa tenta desenvolver eles, mas não consegue extrair o máximo deles para criar uma sensação de ameaça deles, até mesmo a Weekend, a organização “apresentada” no final da obra também não é tão desenvolvida para representar o porto seguro, mas esse “erro” não afeta tanto na história como um todo, mas em comparação do Build é uma falha grave, mas não critica porque Build tinha um elemento narrativo bastante difundido que se chamava Marte.

Bunito.

 Mas nem tudo é ruim na obra e um elemento que gosto bastante no Revice são os personagens, principalmente a família Igarashi, pois cada um deles possui uma característica marcante, primeiramente os protagonistas, bem eu já falei do Vice, mas o Ikki é um protagonista carismático, carismático justamente por ser humano e possui erros, mas a narrativa não foca nesses erros, todavia a obra consegue apresentar esses defeitos do Ikki correlacionado a história da série e criando conflitos “naturais”, dentro das expectativas de uma série Kamen Rider, que acaba demonstrando a complexidade dos conflitos, mas a simplicidade que a narrativa apresenta seu objetivo: sua história. 

De mais.

 Outro membro da família Igarashi que gostei da sua lore é a Sakura, pois seguindo a nova regra da franquia de sempre ter uma Rider mulher na narrativa, mas a apresentação dela junto com seu objetivo foi muito bem desenvolvido, mesmo que o objetivo dela seja simples, esse objetivo foi atingido e reforçado com novos personagens que acabam se relacionando com ela.

Inclusive com seu demonio.

 Todavia uma família começa com seus progenitores e nutri bastante expectativas com o Kamen Rider Vail, afinal de contas é raro ver um Rider da série ganhar um derivado sem que seja o protagonista da obra, então desde sua revelação como o pai da família Igarashi alimentei perspectivas para que tipo de história essa derivação iria exibir, pois imagine as histórias sombrias de Igarashi Genta antes de ganhar esse nome, entretanto esse derivado não conseguiu desenvolver uma história coesa, muito menos a Yukimi, que é tratada como “waifu”, não consegue esse status para mim, mas na série de TV ambos são apresentados como pais carinhosos e essa ideia é bem passada por ser basicamente isso, mas foi legal ver o Genta sendo um Rider porque é raro ver um pai sendo um Rider, lembrando que comecei com Ex-aid.

Pai de Familia.

  Mas nem tudo são flores e o irônico é que Daiji sempre foi trabalhado como uma vítima, seja pela história, seja por sua pureza, seja pela situação que ele se encontra por causa de seu demônio, aqui eu tenho de falar que todos os irmãos Igarashi possui seus demônios por causa de sua situação apresentada na narrativa, como falei Ikki tem o Vice, Sakura tem a Lovekov e o Daiji possui o Kagero que é basicamente ele com roupas pretas; mas no fim ele acabou sendo vítima do roteiro da história, já que ele simbolizaria o personagem do lado da organização do “bem” que era a Fenix, ou até mesmo sendo trabalhado como o santo da obra, mas como falei, as grandes organizações da obra não são bem trabalhadas e isso acabou afetando o único membro da família Igarashi que necessitava desse elemento para desenvolver, pois dar para dividi-lo como o Daiji da família, sempre com os conflitos com o Ikki e um outro Daiji que se portava para a sociedade que a Fenix defendia, sempre faltando partes para entender seu conflito dentro de casa, essa divisão também ocorria com a Sakura, mas graças a sua premissa clara ficou permissível a falta de informação das grandes organizações.

Menino esquisofenico.


 Mas essas grandes organizações possui seus personagens marcantes, mas irei focar nos que mais gostei que foram dois, primeiramente Karizaki George que é o “criador” do sistema Rider da vez, ele é um verdadeiro Fanboy da franquia, mas as referências fica mais no visual, se pensamos apenas na série de TV, pois nos derivados é mostrado esse seu gosto pela franquia, mas eu gosto do jeito excêntrico dele ao agir com os demais personagens da série, todavia essa excentricidade não extrapola a mantra da série que é família e como repararam eu coloquei aspas no criador do sistema, pois o verdadeiro criador é o pai do George e isso está interligado aos Igarashi que fundamenta a união dele com essa família, mas apenas isso pois enquanto a família Igarashi resolveram seus problemas bem, George não foi isso e afetou-o tão profundamente que mudou seu humor nos episódios atuais.
O cara é maluco.
 Outro personagem que teve uma mudança de personalidade, mas para melhor foi Kadota Hiromi, apesar que ele foi apresentado com sonhador insólito, pois ele queria ser herói, mas nada da narrativa ajudava, nem mesmo ele que com sua teimosia se ajudava e no fim ele pagou por seus erros, com todavia ele se redimiu, inclusive com uma série derivada exclusiva para ele, voltando pra série como justamente como símbolo da redenção para o Daiji, mas eu gosto bastante dele por ser um personagem que nunca teve privilégios na história, nada da narrativa ajudava no seu desejo de ser um herói, mas mesmo assim ele conseguiu alcançar seu sonho, mesmo por poucos segundos.
Quase foi por vasco.
 Para não deixar apagados, tenho de falar do pessoal da Deadmans que não geraram-me compaixão, eles possuem conceitos que também não foram explorados, apenas apresentados e a falta de desenvolvimento deles fez eu não gostar deles, pois as motivações deles eram fracas, mas daria para apresentá-los de uma maneira próxima à que foi feito com a família Igarashi, principalmente por serem uma dicotomia dos membros da família e não ficar com apresentações simplórias como eles tiveram.
O trio parada dura.


  Indo para o design de maneira geral e ainda por cima falando do vilão já que Gifu é mais um vilão que possui uma fantasia que emula auréolas e/ou chifres, falo daquela protuberância em cima da face dele e aqui já caiu batendo de como os designs da obra são feios, seja no CG, seja nos efeitos práticos, o engraçado é que eu achava que os designs dos Riders não conversavam com nada até meu irmão reparar que o design dos Riders parecia com os demônios da série e isso é uma tacada de mestre dos produtores da obra por conversarem justamente com a narrativa da série, mas tirando isso não uma semiótica clara entre os elementos da série e isso achei estranho pois em Build os elementos apresentados convensavam bem entre si.

Bicho feio.

 Porém Revice é uma série fantástica por seu fator família, seus personagens são encantadores, mesmo com um trama que possui falhas e a vezes barrigas, a obra é maravilhosa, não espantou tanto o fantasma do Build, mas diverte bastante, todavia talvez com este texto vocês não tenham se inclinaram para assistir esta série, entretanto recomendo para vocês acompanharem a luta da família Igarashi contra os demônios do mundo; enfim espero feedbacks de vocês sobre estas obras e deste texto, para uma possível melhora de minha escrita, também se gostariam de mais textos meus no blog, qualquer problema é só comentar que responderei rapidamente, além disso só isso e até mais.    


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