Mirai Nikki — Episódio 01 a 06: A Introdução.

 

 Mirai Nikki(未来日記, Lit. Diário do Futuro) é uma mangá/Anime muito famoso no final da primeira década do novo milênio e no início da década passada, muito porque ele bebe as vibes nas obras presentes no início do milênio, ou seja pegue um tema pesado, adicione uma tonelada de sangue e personagens edges e salpique um pouco de diálogos reflexivos para temos um anime com a cara dos anos 2000, mas Mirai Nikki é um título que da para por como um anime transitório entre essa era das obras do ano 2000 para o boom dos animes Isekai, posso colocar também no período da bolha das obras ecchi, mas este gênero já se mesclou com as obras Isekai então não dar para por Mirai Nikki como um anime ecchi, apesar que a dubladora do Yukiteru ter alguns trabalhos nesse gênero, mas se lembrarmos que Sword Art Online saiu no ano posterior fica claro a divisão desses dois grandes períodos é situado nessas duas obras extremamente famosas, mesmo com problemas.

Eu decidi reassistir a obra pois algumas semanas atrás, ou seja anos para o tempo da Internet, uma discussão sobre gente que decidiu rever a obra e ver que aquela lembrança dos tempos que assistiram pela primeira vez era bastante ilusória quando tem um histórico de dez anos de diferença desde o lançamento de Mirai Nikki até hoje e isso gerou uma discussão de gente que defende a obra e de gente que sabe que Mirai Nikki não era tudo isso, por isso gerou-me a vontade de reassistir essa que foi a minha primeira animação, sabendo que era anime, lá em 2013 e desses sete anos desde a primeira vez que assistir vinha tentando rever a obra, mas coragem é o que me faltava para conseguir sair do primeiro episódio da obra, mas depois dessa discussão e com o término da temporada de Janeiro/Inverno de 2021 decidi trazer para vocês a minha opinião a reassistir o anime e meu desejo de refazer a obra, não que nem foi minha opinião do ZZ pois defendo bastante a estética futurista oitentista combinando com um bom roteiro faz com que meu desejo seja ver a obra para esta nova geração, mas Mirai Nikki é um caso diferente, pois a série apresenta boas ideias, mas sim implementadas.    

 Começa com o primeiro episódio que serviu para introduzir o cenário da obra para nós, descobrimos o quanto o Yukiteru era antes e depois de descobrir como esse jogo extremamente é perigoso, vermos como é a premissa da história e como são os personagens principais, pelo menos de relance e descobrimos o quanto um diário do futuro é poderoso e igualmente frágil que nem a vida daqueles que jogam, o primeiro episódio vende bem a obra, mostrando tudo que iremos encontrar daqui para frente; no segundo descobrimos a brutalidade do jogo através das ações da nona, que podem ceifar a vida de inocentes apenas para alcançar seus desejos, também nesse episodio que o jogo pode ser jogado em grupo, até que seu objetivo seja alcançado e sabemos o quanto a Yuno é dedicada ao seu objetivo, a tal ponto de cometer atrocidades para ter aquilo que ela quer, enquanto o Yukiteru empaca sobre o medo da morte causada pela brutalidade inerente a esse jogo desconcertante.

 O terceiro descobrimos mais sobre a Yuno, desde de ser uma beldade até seu lado mais obscuro o que é engraçado, pois na época que o anime fez um elevado sucesso a Yuno era waifu de muita gente, muitas garotas faziam cosplay dela ou tentava imitar sua personalidade e esse "culto" a ela meio que morreu quando Zero Two apareceu em Darling in the Fraxx e capitaneou muita da atenção presente na nossa stalker, apesar que as duas possui muitas similaridades que vão além da cor de suas paletas de cores e designs vistosos: uma personalidade forte e dominadora, uma voz sexual e ações totalmente destoantes a que situação exige, fora um passado tortuoso e obscuro faz com que elas sejam amadas por uma boa parcela do publico, apesar que eu era essa parcela até me entupir com mais diversas obras e reparar o tão quebradas elas são.

 Ai chegamos ao primeiro arco da historia e descobrimos o quanto a serie é mau escrita, afinal de contas o arco da sexta possui ideias interessantes, momentos de ação bem pensada e até mesmo a motivação dela, mesmo seguindo muito o conceito da Yuno, ou seja apresente um passado triste para explicar a motivação violenta do hoje, dar uma verniz permissiva para os atos dela, mas como citei no titulo, é apenas a introdução do maniqueísmo inerente em toda a narrativa, igual aos problemas surgindo do nada, óbvio que isso ocorre no próprio episódio 2, mas dou mais destaque nesse arco justamente porque ele serviu para que Yukiteru recuperasse confiança para sua "amada", afinal de contas ela o salvou da ameaça de um usuário do diário como foi o décimo segundo, o que considero a melhor ideia que foi jogada fora nesse arco, afinal de contas ele era um deficiente visual jogando um jogo de sobrevivência, algo por si só diferente, mas as motivações dele junto a um diário que é um gravador criariam todo um conflito interessante que é jogado fora apenas para que o Yukiteru agir por sua "amada", fora a criação de um laço da nona com o quatro, que só será explorado lá na frente, não há uma ação lógica para tudo que foi ocorrido no arco, o que por si só nos apresenta ao maior problema narrativo da obra: Ideias jogadas ao vento, como esse da seita que poderia ser algo mais próximo ao final da obra, junto com o arco do décimo primeiro, mas ai jogo para a review final da série, afinal de contas um problema gigante como é uma seita religiosa não se resolve com apenas um brandir de machados, mas no fim esse problema é solucionado por um toque de mágica.

 Por fim chegamos ao arco do Quinto e o quanto o perigo está próximo ao seio familiar destruído do Yukiteru, nessa primeira parte conhecemos a mãe do nosso herói e o principal motivo pelo qual ele vive sozinho, aqui não há tanta informação para adentrar na série, além da supressão de descrença exigida da obra, primeiramente presente na mãe do Yukiteru ser uma programadora que não usa a lógica para ligar o fato que a Yuno não é uma boa pessoa e segunda recorrente no Quinto que de novo é uma boa ideia mal implementada já que uma criança num filme de terror ou é a vítima, ou a vilã da situação justamente por não aparenta ameaça, o que inversamente ocorre, mas eu gosto do Quinto justamente por sua motivação condizente com sua idade, pena que suas ações não, mas destaco a comédia presente neste último episódio que me fez rir com as situações apresentadas, muito além dos curtas pós-episódio da Murumuru.

 Por fim vos revelo como poderia alterar esta obra, pelo menos esses seis primeiros episódios como reportei, como todos já sabem Mirai Nikki possui universos paralelos, como foi mostrado no final da série, então porque não fazer uma obra que se passe num universo parecido a esse, no meu vislumbre: num 99° universo, no qual todos os eventos possam acontecer, todos os personagens estão lá e tem seus conceitos, mas a única mudança ficaria no acréscimo de mais um player do jogo, um personagem criado como refugo dos eventos dos universos anteriores, claro pensando se Mirai Nikki fosse algo intrínseco a todos eles, esse personagem seria amigo de Yukiteru desde o início da obra, diferente de um certo alguém que surgirá mais a frente, ele seria um grande contraponto para a Yuno, podendo colocar ela no posto de vilã da obra, fora que ele poderia alterar os eventos como o episódio 2 e os arcos da Sexta ou do Quinto, seja para tornar a obra um passeio no parque ou até mesmo tornar a vida do casal principal num inferno, esse personagem possui um conceito simples, mas pode calhar para narrativa como um todo fechando os furos do roteiro, ou criando mais conflitos para deixar a obra mais interessante para hoje em dia.

 Mas bem isso são ideias que joguei no ar para caso vocês concordarem ou não com ele nos comentários, entretanto um pedido que vos faço é comentar sobre minha review, onde errei ou preciso melhorar para vocês, também sobre o que acham da série, se lembraram dos pontos que falei e até mesmo decidiram rever a série por causa desta review, lembrando que não xinguei ninguém então peço o mesmo para vocês, isso é tudo e até mais.