G Gundam: Episódios 01 a 10— Resolvendo tudo na porradaria franca

Finalmente voltamos a falar de uma obra de Gundam, faz quase um ano que não falava nada relacionado a franquia, então nada melhor para recomeçar a falar de robô gigante com uma porradaria de robô gigante, afinal de contas Kidou Butouden G Gundam(Trajes de batalha G Gundam) é o Gundam de porrada numa época que Build Fighter ainda era um sonho distante, mas várias obras cujo o tema é luta saíram no mainstream Japonês daquela época, como Dragon Ball e especificamente Street Fighter, pois logo no primeiro episódio nos passa todo o clima que um torneio mundial de lutas típico de obras do gênero(battle Shounen) que encontra o Street Fighter como o principal expoente numa narrativa que une lutas marciais, uma imagem de como o globo era nesse mundo sem Internet onde não é possível descobrir o que acontecia no outro lado do mundo e o principal: a porrada entre os mais diversos representantes dos países, onde quase todos os personagens de G Gundam vieram dos países que todos os personagens de Street Fighter representam, só não têm o Brasil, todavia vejo que G Gundam seria algo interessantíssimo se tivesse uma dublagem nacional, pois depois de ver esses dez primeiros episódios era possível imaginar um impacto nacional de um Gundam de porrada, pois não tivemos um conceito extremamente “complicado” apresentado durante a história, apenas o motivo para essa porradaria, algo esperado nesse tipo de história, então seria uma ótima porta de entrada para o público brasileiro ver esse Gundam.

Olha só quanto robô bonito.

 E por falar da história vamos dividir de acordo com os episódios, ou com a estrutura introduzida através desse dez episódios, introdutória pois esses episódios serve justamente pra você queira acompanhar a história de Doman Kasshu e sua companheira Rain Mikamura em busca de uma figura desconhecida em um resto de foto, que só cinco episódios depois descobrimos que era seu irmão, sim cinco episódios, sinceramente não entendo o porquê da escolha dessa quantidade de episódios para contar a história de todos os personagens do cast principal e paralelamente suas bandeiras, literalmente pois nos é mostrado os países dos personagens, o motivo pelo qual lutam e sua justificativa para formar um time, começando com o episódio 1 e 6 para Doman representando o Japão, que também serve para a introdução de mundo, episódio 2 e 7 para Chibodee Crocket para simbolizar a América, 4 e 8(Ou seja quatro episódios) para George de Sand para mostrar o cavalheirismo Francês, 5 e 9(Mais quatro) por Argo Gulskii para mostrar frivolidade Russa e 3 e 10(O primo perfeito) para Sai Saichi e suas habilidades marciais Chinesas, mas eles irei apresentar de acordo com seus determinados episódios, pois como falei eles possui suas bandeiras e essas bandeiras são spoilers da trama, mas basicamente esses episódios só apresentaram conceitos, personagens, mundo e tudo que uma obra de longa duração, afinal de contas o anime tem 49 episódios, tem direito, então esperem episódios com qualidade de animação discutível durante sua jornada, inclusive o anime está disponível no Crunchyroll, então a partir daqui só teremos spoilers da obra, afinal de contas é uma review desses episódios, então caso você não tenha assistido a obra pode parar sua leitura aqui e voltar quando estiver acompanhado a obra, sei que não conseguir transpor a excitação minha para acompanhar a obra, mas espero que tenha atiçado sua curiosidade para querer acompanhar a obra. 

Sintam a energia.
 Enfim depois desse aviso vamos falar do elemento que mais gostei desses primeiros dez episódios que é o próprio Gundam Fight, um conceito interessantíssimo que busca transformar a guerra num desporto, a ideia de transformar as batalhas de Gundam em uma batalha um contra um é sensacional por reduzir os danos que uma guerra pode causar na terra, que é o enorme ringue dessa luta, só que a pessoa pelo qual a obra nos colocou para acompanhar esse conflito é desagradável, pois não sei como eu não gosto de protagonistas com a voz de Seki Tomokazu, não sei porque eu sinto uma grande antipatia com personagens cujo o dublador trabalhou, o que é irónico é que gosto do trabalho dele, por ser um dublador que sai de um personagem energético para um com ar aristocrático em minutos, mas mesmo assim a voz dele consegue criar uma antipatia em mim inexplicável, principalmente em papéis mais enérgicos como Doman é, claro que dar para passar um pano pelo fato que esse é o primeiro protagonista que Tomokazu trabalhou, mas o personagem para mim gera uma raiva, muito por causa da desculpa apresentada no primeiro episódio, como falei antes, geralmente episódios onde a história possui Doman como foco também servem como apresentação de mundo já que ele é o atual campeão do Gundam Fight, acaba com que o protagonista também apresente esses elementos para história como o fato que Gundam Fighters não batem bem na cabeça por causa por causa da batalha quadrianual, isso ficou claro no Gundam da Neo Itália, sim todos os países ganharam um Neo apenas para dizer que são novas nações, mas essa loucura também está atrelada com o fato de que o Gundam do país campeão, dar a esse país a reinar sobre as demais nações pelos próximos quatro anos, então os governantes desses países fazem de tudo para que seu Gundam Fighter esteja bem e sobre seu controle, como é exibido no episódio de introdução do Crocket e no segundo de Doman, mas no episódio um também mostra os efeitos da batalha para as pessoas que vivem nos países que são palco das lutas, claro que esse elemento não está tão em voga nos próximos episódios, mas foi interessante ver o impacto do próprio Gundam Fight em pessoas que nem tem nada haver com essa competição.
Peguei seu nariz.
 Continuando focando em Doman e agora praticamente introduzido a Rain, pois o sexto episódio é basicamente a explicação da procura do Doman e também uma apresentação do Neo Japão, pois tudo resume na busca do Doman em achar seu irmão, Kyouji, que possui a grande ameaça da série: o Devil Gundam, falo de uma apresentação do Neo Japão pelo fato que a história que mostra a relação da família Kasshu e toda a narrativa que motiva a busca de Doman é mostrada a nós pelo governo e não pelo reavivamentos dessas memórias pelo próprio protagonista, o governo como falei antes buscou controlar as ações de Doman nos cinco primeiros episódio para atingir seu objetivo de eliminar os adversários mais complicados para faturar o Gundam Fight e manter a suserania mundial, mas que no fim “perdeu” esse controle pelo fato que o próprio Doman se libera de todos as amarras, menos uma que também é mostrada nesse episódio, pois a Rain, que é filha do cientista principal do governo, se tornou a babá do Doman a pedido do seu pai que era amigo do pai de Doman, o único que sobreviveu nos acontecimentos mostrados no episódio e por causa disso também é estabelecida como interesse romântico do protagonista, pois ela busca diminuir a possibilidade de batalha do Doman, algo que acaba sendo em vão, ela acaba sendo um freio dele e paralelamente mais um motivo para a luta, mas a relação dos dois é o elemento que mais me irrita, pois Doman, assim como os demais Gundam Fighters são uns babacas, justamente pelo elemento que falei antes, mas o fato que Doman praticamente não ouvir conselhos dela faz com que minha raiva pelo personagem aumente ainda mais, pois ele não a maltrata diretamente, mas sim indiretamente, porém essa trama dos dois me parece querer ver mais a obra, apenas para ver como a relação de ambos se desenvolve.
Parece ser gente boa.
 Voltando a falar do Neo Japan, mas especificamente no fato que as colônias que controlam diretamente cada estado-nacional, mas o fato mais interessante é o formato das colônas que ou são do formato do país que o Gundam Fighter representa, senão o formato de uma coisa que remetesse ao país, algo típico de obras que busca mostrar o mundo todo, diferente ao cour da franquia onde as colônias, que faziam parte da federação, são cilindros sobrevivencialistas, claro que isso é legal para uma série da década de 1990, mas foi estranho saber disso logo no segundo episódio.
Isso é muito interessante.

 Por falar desse episódio e começando a falar dos demais personagens do cast principal com o canalha americano, dar para resumir tudo que eu acho do Chibodee Crocket, pois ele simboliza o sonho americano, tanto que o Maxter, o Gundam dele, possui um design que remete a um jogador de Football americano; ele sai da pobreza através de suas capacidades para atingir o posto de astro como um Gundam Fighter, tanto que ele é ovacionado pelo seu público, com isso também acaba entrando na esfera de influência governamental, mas com sua personalidade forte que rivaliza com Doman, ele consegue ser mais independente em relação ao nosso heroí, Crocket acaba simbolizando um herói estadunidense daquele período, ou seja um espírito livre que consegue tudo que quer só levantando o tom de voz, um ser viril que consegue ter todas as garotas que quer, não é atoa que ele possui suas coelhinhas, Crocket é bastante desenvolvido no episódio 2 e sua aparição no episódio 7 acaba sendo mais figurativo, mas o caso desse episódio é bastante parecido com o dele, pois tirando a proximidade regional, afinal de contas Neo México é vizinho da Neo América, o piloto do Tequila Gundam, sim, toda e qualquer referência ao país é usado na criação de sua máquina de guerra, enfim mesmo que o objetivo de ser tornarem Gundam Fighters sejam diferente, ambos pilotos são de origem humilde e só alcançaram seus sonhos por causa da competição, só que enquanto um vive o paraíso, o outro sofre o verdadeiro inferno por causa dessa competição.

Um verdadeiro garanhão.
 Algo interessante em G Gundam é justamente a dicotomia entre a opinião dos pilotos, que sempre buscam ser o ator/atriz marcial mais correto e honesto possível, com os seus “chefes” que buscam minimizar as possíveis perdas, isso é visto do episódio 5 onde nos é introduzido o Argo e as vis ações dos comandantes da Neo Russia, sinceramente eu gostaria que fosse ainda a Urss a ser representada, pois o Argo é o puro estereótipo de um eslavo que uma produção ocidental possui, um ser forte, mas ao mesmo tempo frívolo e misterioso, um cara de pouca palavras e isso encaixaria com uma possível Neo Urss, pois a estratégia deles foi apenas dar um chá de sumiço nos competidores, o que achei estranho foi a organização das lutas não correrem atrás, mas isso só foi algo levantado para mostrar a disparidade de um país em relação ao seu Gundam Fighter, não é atoa que ele é um presidiário, não por ser mal, como nos é mostrado no nono episódio que falarei mais a frente, mas apenas por ter ideias destoantes aos seus dirigentes, mas minha maior reclamação está no fato que o Gundam dele se chamar Bolt e não Dinamo, pois a referência era clara, então porque não usar uma palavra próxima a língua russa; já o episódio 9  serviu basicamente para mostrar o quanto o Argo é bom, só que ele é mal interpretado, mas a participação dele nesse episódio é tão diminuta que para mim pareceu que o episódio quis focar no conflito romântico do Doman e na Rain, do que um episódio mostrando o quão bondoso o Argo, pois o piloto do Neo Canadá que queria se vingar do Argo, porque possivelmente ele matou sua noiva, no fim é revelado que foi apenas uma fatalidade, mas todo o sentimento de raiva foi potencializado por causa do Gundam Fight, servindo de aviso para o Doman, pois graças a sua prepotência que acabou atrelado a Rain nessa situação, mas essa desinteligência foi começada a ser trabalhada no episódio anterior.
Gente boa.

 Sinceramente falar do George justamente no episódio 8 é contraproducente, pois toda sua apresentação foi no episódio 4 que consiste numa amálgama de todos os clichês possíveis da França, temos um cavaleiro afeminado que conquista a todos com seu olhar, trejeitos e voz, tanto que seu episódio introdutório consiste em salvar uma princesa em apuros, todavia o ponto que quebra a paradigma fica a cargo da sede de batalhas do Doman, algo que também ocorre no episódio 8, já que o Gundam Fighter da Neo Inglaterra era o ídolo do George, só que teoricamente ele estava utilizando subterfúgios para ganhar sua batalha, só que descobrimos que não é bem assim, claro que não tivemos uma redimição do herói do George, apenas uma amostra do resultado de uma sede de luta insaciável e seu impacto nas pessoas que você gosta, como foi justamente com o piloto da Neo Inglaterra e sua esposa, focando nela pelo fato que a desinteligência do Doman com a Rain foi expandida, já que ela foi florescida no primeiro episódio do George, todavia o conflito é muito típico no período histórico que o anime foi lançado, por isso não irei reclamar muito do desenvolvimento do relacionamento dos dois, mas bem que poderia ser melhor, tipo algo mais orgânico já que ambos são amigos de infância, então nada melhor que eles tivesse uma memória compartilhada sobre os acontecimentos deles mais novos, daí teríamos um relacionamento mais suave por causa dessas memórias.

Cabelinho em?

 Os Gundam Fighters são um suco de estereótipos de seus países, não é à toa que falei que os demais personagens do cast principal são as “bandeiras” de seus países, todavia aquele que é o suco de estereótipo mais concentrado é o Sai Saichi, afinal de contas como representante chines sabe artes marciais, é um exímio cozinheiro e um ótimo mentiroso, para não dizer ladrão, lembrando que é essa a informação passada pelo anime e isso é muito focado no episódio 3, todavia a única relação que tivemos com o episódio 10 foi justamente o fato que o Egito, assim como a China, possuía um império em tempos passados, mas assim como os demais segundos episódios tivemos um desenvolvimento focado na dupla principal, todavia tivemos o desenvolvimento do mundo ao invés do Doman e Rain, o start foi justamente a luta contra uma múmia egípcia que estava banhado pelo poder do Devil Gundam e falando especificamente dessa ameaça que não é tão ameaça para mim, pois esse traje de batalha já nos é apresentado com algo diabólico, tá no nome, então não há uma criação de tensão com a simples nomeação dele, é apenas ele é mal e pronto, claro que essa tensão poderá ser desenvolvida mais para frente, mas ele é só um Mecha interessante, apenas isso.

Soninho.

 Depois de tudo isso posso dizer que G Gundam é uma série interessante, não era algo épico, algo parecido com Gurren Lagann que eu esperava, mas também não é monótono e entediante, talvez por beber muito de obras do início da década de 1990 faz com que muitas coisas apresentadas da obra seja basicamente datadas e outras nem chegam a ser trabalhadas, sendo a principal critica a falta de química de Doman com Rain, mas tem coisas da obra que são sacadas geniais como as próprias colônias e o MTS(Mobile Trace System) que é a melhor saída para justificar os movimentos naturais dos Mechas do que cockpits extremamente equipados, a obra possui um roteiro simplório que foca nas lutas que conseguiria agradar os fãs mais puristas de Battle Shounen, então uma dublagem nacional é mais de obrigatório, seja por um original ou uma continuação, sim, eu pensei em modificar a obra para um imaginativo projeto de remake caísse em minhas mãos, mas depois de ver esse dez primeiros episódios veio uma ideia de continuação, eu não estou com essa ideia detalhada na cabeça, apenas a justificativa para Bandai ter mais produtos em sua linha, seja reaproveitando modelos antigos, ou criando novos, pois Build Fighters é uma série para reunir famílias do Japão, já uma continuação do G Gundam serviria para arrendar um público internacional novo para a franquia e com isso atrair novos consumidores para comprarem seus produtos, repleto, independente que sejam novos ou não, a escolha de linha estética ainda cairia para Sunrise, apesar que uma parceria com a Trigger seria uma boa escolha para termos uma animação mais visceral que a história comporta.

Colã suit.

 Talvez com este texto vocês não tenham se inclinaram para assistir este anime, entretanto recomendo para vocês acompanharem a luta do Doman e seus amigos; enfim espero feedbacks de vocês sobre estas obras e deste texto, para uma possível melhora de minha escrita, também se gostariam de mais textos meus no blog, qualquer problema é só comentar que responderei rapidamente, além disso só isso e até mais.  

As gatas se amaram em robôs gigantes.

 


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