A Meiuca: algumas séries da temporada de Primavera/Abril de 2022 que você deveria assistir.



 Retornamos aqui com minhas opiniões sobre determinados animes da temporada e já vos adianto duas coisas, a primeira é muito obrigado por seus votos, pois graças a ele que escolhi os títulos que irei falar hoje, mesmo aqueles ignoraram o formulário, pois foi interessante trabalhar com o Google Formulários, foi uma ferramenta bastante simplória e simplificada para coletar os dados de todo mundo, segundo é justamente um tema para próxima publicação, aquelas que tiver mais curtidas, independente da plataforma que você viu, bem depois dessa introdução apressada vamos para os escolhidos pela vontade popular.   

Spy x Family



Começando com o título mais esperado e não me surpreendi justamente dele ser ele o mais escolhido da minha pesquisa, SpyxFamily é justamente aquele anime da sessão anime Blockbuster, Blockbuster é um termo conhecido para filmes que são sucesso de bilheteria, geralmente esses filmes possuem um grande investimento de marketing para que essa produção tenha um retorno financeiro igual ou maior do seu custeio, isso é praticamente uma regra no mercado audiovisual americano a décadas, mas que só recentemente esse tipo de enfrentamento mercadológico foi posto para animes, todavia isso já ocorria com títulos mais famosos onde o comitê de produção das obras no Japão cria uma estratégia de marketing global pois sabia desse retorno, mas esse processo começou justamente no início dos anos 2000, mas para títulos novos onde o comitê de produção aposta bastante dinheiro em marketing é algo novíssimo, pois geralmente IPs(Propriedade Intelectual) novas possui um risco elevado de investimento, já que elas novas IPs podem ou não resultar num grande sucesso, então por altos investimentos de produção para essas obras não é algo recomendável, todavia existia casos fora da curva, geralmente mangás de grande sucesso comercial no Japão, pois não existia métodos que verificação dessas obras no exterior, pelo menos confiáveis já que redes sociais podem passar informação enviesadas, mas esse período onde um anime começou a ser tratado como um Blockbuster, para mim, começou justamente quando Kimetsu no Yaiba foi lançado, digo isso pois raramente a Shounen Jump constuma investir bastante em obras novas de sua revista, digo investir porque o custo de produção que a Ufotable é bastante elevado, principalmente pelo retorno que o estúdio coloca em suas animações, então mesmo que o marketing ocidental na obra não tenha sido tão grande, o fato que vendeu a obra foi justamente o prestígio de seu estúdio, todavia logo após do lançamento do primeiro episódio, mas para mim se intensificou na metade por final da obra, surgiu uma onda de publicidade buscando alavancar ainda mais o sucesso da obra.
Todo mundo falou do episódio 19.

 Desde do surgiu essa animação que ela se tornou a alcunha para um anime Blockbuster, no ano seguinte Jujutsu Kaisen foi vendido como um novo Kimetsu e no ano passado não tivemos algo semelhante, poderiam colocar SNK, mas não seria algo semelhante pela polêmica da troca de estúdio, fora ser um título conhecido mundialmente, o que ainda encaixa no conceito de um Blockbuster, todavia não se encaixaria dentro no meu pensamento por ser algo mais antigo e esperado além mar; poderia colocar Vivy, mas em momento algum o anime conseguiu uma fama semelhante a que Kimetsu, fora que atualmente o anime está bastante escondido pelos debates do grande público, talvez Komi-san, mas caiu justamente no mal de ser um anime da locadora vermelha, ou seja a obra ainda atingirá um grande publico, mas por ser uma obra exclusiva dela, toda uma estratégia de propaganda de acordo com o lançamento de cada episódio evapora por causa do modelo de negócio do streaming que busca disponibilizar a série como um todo para ser consumido em poucos dias, Jojo que o diga, então para mim existe uma percepção que a obra não estourou como deveria.
Gojo-kyun

 E por fim chegamos justamente ao escolhido, SpyxFamily era uma obra que eu já conhecia de tanto ouvir sobre ela nas minhas redes sociais, então já pode imaginar o nível que minha expectativa estava e claro que o anime até atende certo nível de expectativa, mas o anime não é perfeito, mas vamos falar logo dos ponto bons, afinal de contas o fato de ser um anime esperado é porque a obra possui méritos e o fato de ser uma obra cujo a premissa é que essa família postiça possui o destino do mundo em suas mãos é muito interessante e enriquece a comédia da obra, pois as situações cômicas sempre são agregadas pelo contexto que elas acontecem, os personagens com personalidades disfuncionais, pelo menos na parte da Anya e Yor já que o Twilight é o espião número um da Westalia, então a missão estaria garantida se fosse só ele, mas uma história nunca aconteceria se fosse só isso e aqui entra primeiramente a Anya que é justamente a alma da obra por causa de sua habilidade psíquica combinando com sua ingenuidade infantil esperado dela, o que deixa a obra muito mais fofa justamente por ser uma criança normal, cujo sua única diferencia é saber os pensamentos dos outros, o que enriquece ainda mais a obra justamente pelo contexto de sua união com Twilight.
É importante ser um bom pai para salvar o mundo.

  Por fim temos a Yor que se tornou a waifu de todo mundo pelo fato dela ser dublada pela Hayami Saori, sei que existe outros elementos que elencaria ela em qualquer lista de waifus da temporada, mas ela ser uma das primeiras colocadas tem justamente dedo dessa  dubladora, mas a personagem é bastante carinhosa, essa percepção é potencializada justamente por sua dubladora, o que facilita bastante algumas dinâmicas, seja com a Anya, seja com Twilight, pois as informações que temos da personagem sabemos que não chega a ser uma ameaça para operação.
Uma personagem bem construída

 Depois dessa digressão dos personagens, vamos falar da animação como um todo e uma crítica que tenho na obra fica justamente no ritmo da obra, pois a animação ser dividido salomonicamente entre Clover Works e Wit, então é meio claro que vai sair algo bom, mas o time cômico posto pelo diretor geral, que também é estruturalista da série é o que me incomoda, pois eu consigo rir com as piadas que o texto apresenta, mas a direção durante essas cenas de piada são horríveis, claro que não fica horroroso, mas essas cenas ficam homogêneas com as cenas de slice-of-life, essas quais ficam muito boas, mas todo o “humor” da obra ficam bastante homogêneo nos tons pasteis que a obra apresenta, SpyxFamily é um anime muito bom que eleva bastante o nível desta temporada, mas a animação entrega uma proposta mais próxima a um Slice-of-Life do que uma comédia envolvente, então se você quer um motivo para assistir a obra, veja pela Anya.
Um sorriso para proteger

Kaguya-sama: Love is War - Ultra Romantic



 Indo para outro esperado e que também não entra justamente no meu conceito de anime Blockbuster, mas tem um esforço de sua produção digna de um, pois todo mundo conhece Kaguya-sama, independente se você só viu o encerramento da Chika ou não.


 Kaguya-sama é aquela típica comédia romântica onde os dois protagonistas gostam um do outro, mas tem um orgulho desgraçado que impede que cada um deles se declarar por outro e isso ocorre durante toda a narrativa, todavia o que destaca a obra é sua produção incrivelmente criativa, provavelmente você ouviu falar de Monogatari alguma vez na vida, se sim você conhece que essa série de animes possui uma direção bastante imaginativa, não chega a ser algo surrealista, mas é algo bastante onírico, então membros da staff dessas obras saíram da Shaft, o estúdio de Monogatari, dentre esses membros, alguns trabalham aqui em Kaguya-sama, por isso vemos uma animação obscenamente épico, para não usar outras palavras, a direção da obra é o principal motivo que muita gente, inclusive este que vos escreve(como se não fosse óbvio) continua a acompanhar a jornada de Shirogane e Kaguya na sua guerra do amor.

É algo bem tipico.

 A direção alavanca bastante a narrativa da obra que começa bastante genérica, seguindo até que bem dentro de todos os estereótipos do gênero, mas a partir da segunda temporada tivemos um pouco da dessa associação do foco do romance do nosso casal protagonista para acrescentar mais informações aos coadjuvantes da obra, eis que a alcunha de Ishigod é cunhada, esta terceira temporada tivemos uma expansão desse desenvolvimento aos secundários sem esquecer do romance primordial, algo que também acontece na segunda, só que aqui é apresentado a tensão de um tempo limite para que o casal principal possa florescer sua primavera.

Ai é pesado

 Sei que não desenvolvi muito sobre o que a obra é, mas o primeiro episódio e o mais importante: o encerramento da Chika conseguem bem vender a obra que só surpreende a cada episódio.

Uma imagem da Chika comendo um miojão.


Komi-san wa, Comyushou desu. 2


 Bem, eu poderia descrever sobre a obra, mas eu já estou comentando o anime episodicamente no OtakuPT, então não irei desenvolver todo um pensamento complexo da obra, porque eu já estou fazendo isso lá, mas posso passar o ponto de vista de alguém que consome o mangá sobre o que estou achando do anime, nem tanto sobre o que eu acho da distribuição da Netflix, já que não estou assistindo a versão da locadora vermelha, apesar que o delay de duas semanas da primeira parte e três da segunda, fora que demorou três meses para disponibilizar uma dublagem para obra, o fato determinante que muita gente assiste anime por lá e outras problemáticas atrelada a obra que a produtora apresentou, mas isso já é bastante conhecido, todavia o fato da distribuição na plataforma conseguiu atraí gente para consumir a obra original. 

Pelo menos mantiveram a Chokola.

 Agora falando do anime em si, eu fico surpreso de como o anime está bom, mesmo com muitos episódios terceirizados para outros estúdios, entre eles alguns bastante questionáveis, mas os episódios são bons, eu tenho uma certo trauma com a Akao Deko, mas aqui ela conseguiu pegar os capítulos importantes e conseguiu construir uma narrativa dinâmica, demonstrando todas as nuances dos personagens da série, nuances essas que o diretor da obra conseguiu expandiu bem com uma direção fantástica, talvez a pessoa mais importante Nakajima Atsuko que além traduzir bem o design da obra, ela foi responsável por gerir toda a produção dos episódios já que ela é a diretora de animação da obra, então ela consegue nos entregar uma qualidade de animação igual, independente de qual estúdio produziu.

Apesar que o traço tá diferente.

 O anime conseguiu reavivar os sentimentos que eu tive quando li os capítulos adaptados, até mesmo aqueles que estavam perdidos na minha mente, o anime não está se destacando tanto nesta temporada justamente pelos os dois primeiros citados, mas pelo menos cativam aqueles que gostaram bastante da segunda temporada.

O anime tá bom.


Mahoutsukai Reimeiki



 Já que não falei tanto de Komi-san, então vamos dar espaço para o quarto colocado e o engraçado que é um anime ruim, quebrando assim a lista, pois o anime é tão ruim que muita gente fugiu da obra, claro que não é o único motivo de afastar tanta gente da obra, mas tudo na obra está uma bela porcaria, começando com uma história fraca, vamos ignorar um pouco Zero kara Hajimeru Mahou no Sho da reta pois falo disso depois, mas a narrativa é pobre por não conseguir agregar em nada da mitologia do original e nem apresentar elementos autorais da obra direito, a animação está sofrível, os personagens são esquecíveis, a direção mandou um abraço forte junto com os recursos financeiros da obra, pois o uso exorbitante de efeitos visuais na obra demonstra que a produção sofreu bastante para entregar o anime, não é atoa que adiaram um episódio sem aviso prévio, o anime só ganhou notoriedade por causa de sua obra progenitora.

Têm de jogar na cara?

 Por falar de obra progenitora, Mahoutsukai Reimeiki acontece no mesmo universo de Zero kara Hajimeru Mahou no Sho, isso pode parecer estranho já que não há muitas obras que trabalham esse contexto de universo expandido que não seja continuações, mas o bizarro é que uma dessas obras que trabalham com compartilhamento de regras é FATE, mas lá existe bastante dicotomia entre as obras, o que permite que novos personagens sejam apresentados, com conceitos novos, mas que converse com os conceitos de obras mais antigas, entre esses recursos reutilizados estão também personagens de obras mais antigas, com conceitos semelhantes, mas retrabalhados de acordo com o gosto ou humor do escritor da nova narrativa, geralmente esses personagens se tornam secundários, isso também acontece aqui em Mahoutsukai Reimeiki com a Zero sendo mostrada logo nos primeiros segundos do primeiro episódio, mas diferente de FATE, o principal ponto de venda desta obra, para não dizer a única, é ela, pois sempre a uma discussão quando um novo anime de FATE é lançando, “se é necessário assistir um anime antes desse”, geralmente não já que varias obras desse universo são standalone, mas aqui em Mahoutsukai Reimeiki não, pois como falei os personagens não possui uma personalidade marcante que nos faça querer acompanhar a jornada deles, mas a busca pela Zero que a Roux implica como seu objetivo que interliga com a narrativa inicial, paralelamente criando um sentimento de coação graças a falta de uma segunda temporada de Zero kara Hajimeru Mahou no Sho.

Essa imagem foi tirada no primeiro episódio.

 Falando especificamente de Zero kara, já que assistir durante a temporada de lançamento, o anime em si é bastante mediano, não possui um destaque marcante para fazer uma grande comoção para uma possível segunda temporada hoje em dia, talvez na época, muito porque os personagens principais, tanto a Zero quanto a Mercenario, que a partir de agora chamarei-o de Youhei, possuíam conflitos interessantes que conversavam bem com a mitologia da obra, Zero kara de fato é uma obra mediana, mas possui elementos interessantes que acabou angariando fãs, então quando Mahoutsukai Reimeiki teve seu anime anunciado e mostraram logo no primeiro post os personagens de Zero kara rapidamente gerou questionamento para aqueles que gostaram da primeira obra que pensaram se fosse uma continuação, então descobrimos que Mahoutsukai Reimeiki é uma obra da mesma autora de Zero kara, então de acordo com o desejo da autora ambos compartilham o mesmo universo e ironicamente esta obra ganha uma adaptação em anime e voltamos ao post onde vemos que os personagens da primeira obra apareceriam no anime, então gerou aquele reboliço que conseguiu vender a obra nova, o fato de que eu não consumir o material original de ambos talvez faz com minha visão de Mahoutsukai Reimque o anime esta entregado faz com que tenha um péssimo pensamento sobre a obreiki seja limitada, mas o a, mas a culpa fica com a produção da obra em entregar um material péssimo.

Até o Casal é fraco

 Teve outras obras que eu consegui pegar alguns votos mas não conseguiram entrar no pódio, então vamos falar rapidamente deles: Gaikotsu Kishi-sama, Tadaima Isekai e Odekakechuu(Skeleton Knight in Another World) é meu anime de auto-inserção da temporada, pois lá temos uma Asuna Jolyne; Koi wa Sekai Seifuku no Ato de(Love After World Domination) é o romance para homens perfeito por unir uma obra que possui ecchi com Super Sentai e ainda por cima com um ótimo romance com bons personagens que faz você querer assistir cada vez mais episódios da série e perceber que só terá doze episódios e não 48 como um Super Sentai tradicional; Rikekoi 2(Rikekoi R=1-Senx) continua muito bom, mesmo com um traço estranho e muito mais, foi só isso, talvez com este texto vocês não tenham se inclinaram para assistir esses animes, entretanto recomendo para vocês enfim espero feedbacks de vocês sobre estas obras e deste texto, para uma possível melhora de minha escrita, qualquer problema é só comentar que responderei, se gostou compartilhe e leia outros textos daqui, tenho certeza que você vai gostar e ajuda muito, além disso só isso e até mais.






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